CANÇÃO DO ESTUPRO
Sapôt Dividid / Caplan Neves (Cabo Verde)
FICHA ARTÍSTICA
Texto, Encenação, Música original e Espaço Cénico Caplan Neves
Interpretação Hugo Paz e Débora Melício
Produção Executiva Mara Costa
Figurinos Karine Rocha / Criações Pupurina
Desenho de Luz Péricles Silva
MOSTRA TRIPE - TRÊS ILHAS TRÊS ARTES
A mão nutre uma paixão intensa pela Rosa. Mas face aos sentimentos de inadequação, medo da rejeição e senso de fragilidade interna, é incapaz de qualquer abordagem real ao objeto de seu desejo. A relação com a Rosa restringe-se assim ao terreno da paixão platónico e às fantasias de validação pessoal através de um ato sexual forçado, ao mesmo tempo que alimenta ressentimentos e desejo de vingança face a indiferença da Rosa, que interpreta como deliberada e explícita ofensa. A Rosa nutre uma paixão intensa pela Cadeira. Ante a indiferença desta ao qual deseja entregar a alma e a paixão intensa que desperta aos olhos de quem só lhe conhece o corpo-objeto, reivindica sua despojada condição de pessoa. A tensão dramática opera-se no jogo de forças entre quem anseia arrebatar o corpo-objeto e quem reage em proteção.